domingo, 6 de julho de 2008

O que é a Gvive? www.gvive.org.br

O que é a Gvive? www.gvive.org.br
A Gvive é uma associação que congrega todos os que participaram da experiência dos ginasios vocacionais desde alunos, funcionarios, professores, pais de alunos e amigos. Vamos saber um pouco dessa história. Os ginasios vocacionais surgiram em 1962 e foram extintos pelo governo militar em 1969. Os professores foram se dispersando e dispersados. O Clima politico piorou apos o AI 5. Os alunos ainda jovens nao tinham força para qualquer reação. O tempo passa e cada jovem corre atras de seu sonho. Alguns ainda mais persistentes fazem questão de manter o contato com a maioria. Aqui e ali acontecem alguns encontros. De tempos em tempos turmas se reunem aqui e ali, mas ainda sem uma motivação maior que pudesse levar adiante e realizar o sonho de Maria Nilde (na verdade seu testamento) vejam abaixo: "Depois de 15 anos da extinção dos Colégios Vocacionais eles ressurgem na memória de muitos educadores, na busca de explicações entre pesquisadores e na ânsia de informações entre estudantes secundaristas e universitários." Aparentemente morta, está na vida de todos quantos por ela passaram, bem ou mal sucedidos. Para alguns a marca profunda da descoberta de uma nova educação." " Se nos dias atuais assistimos o ressurgimento das idéias e dos ideais contidos na experiência dos Colégios Vocacionais da rede pública do Estado de São Paulo, de outro assistimos com tristeza o espetáculo camaleônico de transformação de figuras medíocres e autoritárias em “autoridades constituídas” das repartições públicas da educação neste mesmo Estado." "Estamos agora no tempo de ressuscitar aqueles capítulos da história da educação. Há uma efervescência entre professores e estudantes na busca do novo ou do necessário. É sempre surpreendente para auditórios estudantis ou de magistério descobrir ou saber de algo mais a respeito desta controvertida experiência. Sente-se um desejar ter vivido aqueles momentos; sente-se também a vontade de construir algo semelhante. Muitos têm nos procurado para debates mais aprofundados sobre a questão educacional hoje e dentre eles alguns estão assumindo a árdua tarefa de ajudar a resgatar esta memória. Há os que pretendem elaborar teses de pós-graduação universitária a partir de questões suscitadas pela experiência dos Colégios Vocacionais da rede publica". "Fica porém para todos nós a grande responsabilidade de registro e divulgação da experiência na sua totalidade. Mesmo com as imensas dificuldades por não se ter materiais documentais, pois a maioria deles foi retirada dos ginásios na violenta invasão que sofreram no dia 12 de dezembro de 1969 por parte da Polícia e do Exército. Não contentes começaram a levar o que encontraram nas devassas que faziam em muitas de nossas casas". "Mas o que os policiais e os militares talvez não saibam é que a verdadeira História não morre. Ela está dentro de cada um que a viveu e será publicada um dia, para que os jovens das novas gerações saibam o que já se fez, saibam que neste País alguns educadores já deram muito de suas vidas por um Brasil livre. E alguns ainda vivos cantam em coro a defesa de seus ideais, o canto da libertação educacional – “Sete vidas eu tivesse, sete vidas eu daria...”(aqui nasceu a ideia do video da turma de 63). "Esta rede de ensino, conforme se comprova por documentos anexos foi extinta pelas forças militares em meados de 1969. Seus dirigentes, professores e vários alunos foram presos, processados, aposentados pelo Ato Institucional n° 5 e outros atos arbitrários. As escolas foram invadidas em 12 de dezembro de 1969 pelo Exército e pela Polícia Militar. Nesta invasão muitos materiais foram danificados e outra parte levada para os porões do Quartel do II° Exército. Nessa ocasião, alunos, professores e pais trataram de esconder tudo o que possuíam e de esconder aquilo que pôde ser salvo das escolas.Durante 16 anos estes materiais estão dispersos com uns e outros. Uma parte significativa pôde ser resgatada e está em poder da profa. Maria Nilde Mascellani, ex-coordenadora geral da experiência Educacional Vocacional, mais precisamente, em seu escritório de Assessoria Educacional". "Como Coordenadora do escritório RENOV, como ex-Coordenadora do Serviço do Ensino Vocacional, passados os anos da mais dura repressão fiz o que me foi possível para resguardar os materiais referentes àquela experiência." "Entretanto há dificuldades que uma pessoa sozinha não pode superar, sejam as dificuldades de localização e busca dos materiais sejam as de gastos materiais para manutenção e pagamento de uma ou duas pessoas que possam se incumbir de sua catalogação, fichamento, etc." "Penso que não somente eu mas outros interessados desejaremos publicar vários títulos. Não se trata de minha parte de um interesse puramente acadêmico mas de cumprir o dever de por a público tudo o que caracterizou a experiência, de passar a legítima versão da história já que os organismos de segurança se esmeraram em denegri-la e as “ortodoxias” fiéis à repressão produziram teses com a exclusiva finalidade de caracterizar toda e pedagogia ali desenvolvida ora como tecnicismo pedagógico ora como mais uma tentativa do escolanovismo". "Julgo que este Projeto deveria ter uma dimensão mobilizadora do debate educacional no Brasil dos dias atuais. Não penso numa biblioteca estática mas num local onde a elaboração histórica seria objeto de cursos, seminários e debates." "As tentativas feitas junto ao poder público – Secretaria da Educação, da Cultura – foram infrutíferas. O Estado sempre alega não dispor de verbas para qualquer tipo de trabalho que não se enquadre em suas rotinas. Correríamos também o risco de perda dos materiais em qualquer alteração de Governo ou de Regime Político que viesse a ocorrer. A solução pelo lado das Igrejas – Católica ou Evangélica – segue também uma cansativa burocracia e já percebi que tal Projeto não se casa com as prioridades alegadas por elas." "Penso pois numa modesta Sociedade que possa resguardar todo o acervo, possibilitar a consulta e incentivar o debate educacional visando a formação de novas consciências entre os educadores. É nesses termos que proponho a Sociedade Memorial Vocacional". Maria Nilde Mascellani. ("Estes são fragmentos deixados por ela em tres momentos diferentes. Como disse o PO em um email: "Ela profestizou a GVIVE" - (criada em 2005 ).- Com a existência do Patio, colegas puderam se encontrar, matar a saudades e ali deixar seus recados eacabou dando o norte de onde andavam todos . Muitos encontros acabaram acontecendo e isso acabou motivando colegas jornalistas levarem noticias para a midia vejam as mensgens deixadas no patio na epoca: "Para quem não viu, a Folha Sinapse publicou em 23/julho/2002 um artigo sobre o Vocacional: "O velho vocacional ensina de novo aprender.http://www1.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u20.shl Aprendi a conviver com as diversidades. "http://www1.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u28.shl "Onde a experiência ainda vive "http://www1.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u30.shl Houve um comentário depois em 27/agosto:"Vocacional: por que os bons tempos não voltam? "http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u67.shl obs: mensagem deixada no Patio: por Paulo de Tarso: 09 de Dezembro de 2002 - 18:54:50 Na mesma epoca aconteceu a 58ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DOS 40 ANOS DO SERVIÇO DE ENSINO VOCACIONAL.(vide mensagem com o mesmo titulo) Varias ações foram se juntando mesmo que desordenadas, mas que foram fundamentais para chegar onde chegamos. "Desde março de 2005, ex-alunos do GEVOA têm se encontrado no primeiro sábado de cada mês no Bar Memorial, no Campo Belo. A iniciativa, que partiu de representantes da turma de 69, foi recebendo adesões de outras turmas mês a mês. Três meses depois, desta vez no dia 11, o Memorial foi testemunha de um encontro marcante com representantes das turmas de 62 até 77 e vários professores, que se reuniram para um animado almoço que se estendeu até tarde da noite. Foram quase 250 pessoas."site da gvive http://www.gvive.org.br / No dia 6 de agosto de 2005, em mais uma reunião de confraternização dos ex-alunos do GEVOA, e agora com a presença de ex-alunos de outras unidades, foi fundada a GVive.(idem) Em setembro de 2005, uma diretoria provisória, foi eleita por aclamação ( Shigueo Watanabe- T65, foi aclamado presidente), assumiu a associação com a tarefa de tratar da documentação e legalização da GVive e fazer com que ela desse os primeiros passos para atingir as metas que estão em seus estatutos. (idem) No dia 6 de abril de 2006 a GVive, depois de cumprir com todas as exigências legais, recebeu o seu registro no CNPJ. (idem) Somado a enorme lista que PRSimon acumulou por anos, uma equipe batalhadora do cadastro da gvive logo alcançou a marca de 1200 colegas em cadastro. Desde 2005 vem acontecendo a festa de final, que se repetiu em 2006 no La Gloria e 2007 no O.Aranha sempre com publico superior acima de 500 colegas e professores. Já em 2006, elegemos, no dia 3 de junho, pelo voto direto dos associados, a primeira diretoria para cumprir o mandato pelo período de 1º de julho de 2006 a 30 de junho de 2008. A votação foi superior a 100 votos. E Paulo Angelo Martins Jr, o PO, foi eleito como o novo presidente. E a historia continua...pois há muito ainda a fazer.

2 comentários:

  1. Olá, eu estou fazendo um Trabalho de Conclusão de Curso sobre o Ensino Vocacional e estou muito interessada no assunto,se alguém puder entrar em contato e me informar sobra mais detalhes do assunto eu agradeceria muito. Meu e-mail -e maiteferraz14@hotmail.com

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