sábado, 19 de junho de 2010

Em 1.o de julho tomará posse a nova diretoria da GVive 2010/2011


Diretoria Executiva:

Presidente: Luiz Carlos Marques (Luigy) - T63
Vice-Presidente: Shigueo Watanabe Jr. - T65
Diretoria de Finanças e Administração: Paulo Ângelo Martins Jr. - PÔ - T68
Ações: Pagamentos e controles bancários, anuidades, doações, balanços, balancetes, documentação.
Diretoria Social e Cultural: Ana Rosalina Rodrigues Vaz de Andrade - T69
Ações: Eventos, seminários, palestras, caravanas, mostras de vídeo e fotográficas, área social e esportiva, bazar, eventos artísticos, supervisiona cadastro, site e neswletter.
Colaboradoras
Eventos: Ângela Antunes - T70
Cultura: Vanda - T64

Diretorias Adjuntas:

Diretoria de Captação e Recursos: Luiz Henrique Mello - Lou - T63
Ações: Busca de parcerias financeiras e culturais e patrocínio. Iniciar projetos.

Diretoria de Educação e Pesquisa: Esméria Rovai – RAV
Ações: Formar um Centro de Memória Virtual em nosso site com direcionamento para pesquisa (CMEUSP e Cedic); Desenvolver novas publicações, palestras, kits de apresentações; Redimensionar o Grupo de Memória; Iniciar um projeto experimental de educação nos moldes do vocacional voltado para os dias atuais.
Colaboradores
Daniel Chiozzini – Filho de professores
Profª Nobuko Wada
GT Memória: Renata Delduque - T68

Diretoria de Cadastro e Informática: Imma Marques - associada
Ações: Edição e inserção de conteúdos para o site, cadastro, newsletter, Ning, Twitter, Facebook, Orkut e Blogues em conjunto com a diretoria social e cultural.
Colaboradores
Cadastro: Liety Jussara Pucca – T73 (colegial)
Site (revisão de conteúdo): Paulo Ricardo Simon – T66

Diretoria Jurídica: Armando Varroni - T65
Ações: Documentação, cartórios, estatutos, projetos e lei Rouanet.

Diretoria de Multimídias: Marco Otavio Baruffaldi - T63
Ações: Gravações em áudio e vídeo de entrevistas e eventos; Desenvolver produtos: DVDs, Kits, Banners, flyers e adesivos; Assessoria de imprensa.
Colaboradores
Cine e Vídeo:
Satie Wada - T72
Luis Bacci - T69
Artes Gráficas: Osnei F. Rocco - T69 Barretos --- Cristian Rosell Marques - colaborador - flash
Assessoria de Imprensa:
José Maurício Oliveira - T63
Edna Meire - T63
Dulce Rosell Marques - Jornalista UOL TV- colaboradora


Diretoria de Relações Institucionais:
Maria Aparecida Schoenacker (SEV) e Ângelo Schoenacker (Supervisor de Artes Industriais)
Ações: Contatos com instituições, visitas e representações.

Conselho Fiscal:
Ações: Controle Financeiro
Titulares:
Paulo Ricardo Simon - T66
Waldery Mazza - T62
Zaíra de Abreu - T69
Suplentes:
Carlos Martins - T72
Hans Müller - T72
Ricardo Martins - T71


Diretorias Seccionais (Nacionais e Internacionais):
Ações: Cada unidade fará suas atividades (contatos, eventos e ações) em parceria com GVive São Paulo.
Americana:
Alcimar Lima - T62
Barretos:
Elisete Greve Tedesco - T70
Dalton Souza Genestreti Jr -T66
Marilda Solon Teixeira Botessi - T66
Batatais:
Pérsio de Almeida Rezende Ebner - T65
Ricardo José Cavallini - T75
Rio Claro:
Antonio Carlos Sarti - T65
Carlos Alberto Hoffmann - T64
Virgínia Bonatti de Mello - T63
São Caetano do Sul:
Jane Lamattina - T68
São Paulo:
Zaíra de Abreu - T69

Japão:
Evelyn Kukota - T72
Portugal:
Tina Palmas - T70
EUA:
Marcelo Andrade - T65
Canadá:
Heinrick Karl Junior - T65
Daniel Araújo - T69

GV São Caetano do Sul

São Caetano do Sul

1968 - Instalação do Ginásio Vocacional em São Caetano do Sul – Ginásio Estadual Vocacional de Vila Santa Maria (com duas turma em meio período)

Anos 60, vários segmentos experimentais estavam em desenvolvimento no Estado de São Paulo. Cada uma dessas variantes, acreditava ter encontrado a solução para a educação. Ao invés de somar, naquilo que havia logrado êxito, alguns setores da Academia, trocavam farpas. Geralmente o alvo eram os Vocacionais, que gozavam de certa liberdade e de verbas. Só isso já era motivo de ciúmes.

Uma das queixas sobre os vocacionais, dizia que eles eram elitistas. Que eram vertidos para as classes mais favorecidas.

Para provar o contrário, a coordenadora do SEV, propôs criar uma unidade na região do ABC, uma área particularmente só de trabalhadores.
E para mostrar que era viável, propôs ao invés de período integral, testar a escola de meio período.
A Cidade escolhida foi São Caetano do Sul. Luigy - Luiz Carlos Marques

Depoimento:
São Caetano do Sul (o C do ABC, na Grande São Paulo) se desenvolveu em função do pólo industrial. Portanto, era uma região habitada, em sua grande maioria, por operários. Conclusão: o dinheiro era curto e as perspectivas de futuro não eram lá grande coisa. Os filhos desses operários, como eu, meus irmãos e amigos, estudavam em escolas públicas, localizadas nos bairros onde morávamos. No meu caso, na Vila Santa Maria, que foi escolhida para abrigar a Escola Vocacional, na Alameda Conde de Porto Alegre”.

“O ensino público na época não era dos piores - não se compara ao que vemos hoje -, mas não dava para competir. Quando começou a construção do edifício do então Vocacional, lembro-me do falatório da "rádio peão". Ninguém sabia ao certo o que seria aquela escola: Vocacional!? Que história era aquela. Falava-se em uma escola em que o aluno fazia um teste "vocacional" para entrar. A confusão entre Vocacional e "vocação" nunca foi desfeita, porque não chegamos - os militares não deixaram - a conhecer o que hoje se conhece como um ousado conceito pedagógico. Neusa Spaulucci - Jornalista -

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Tese de Doutorado sobre os vocacionais

A GVive recebeu hoje uma cópia da tese de doutorado de Daniel F. Chiozzini, defendida na Unicamp este mes.
Acreditamos que esta tese será um divisor de aguas.
Estivemos presentes, Eduardo Amos e eu na defesa.
Luigy

Sala dos vocacionais e classes experimentais no CMEUSP

A GVive iniciou uma parceria com o CMEUSP-Centro de Memória da Fac. Educação da USP.

Recentemente este centro de memória, através de uma das coordenadoras: Dra. Carmem Moraes Vidigal, conseguiu a doação de vasto material do SEV, via Silvana Mascellani, irmã de Maria Nilde.
Cerca de 40 caixas, entre livros, documentos, fotos e fitas k7, foram higienizados e colocados em caixas adequadas.
Agora todo esse material será listado para referência do mesmo no site do
centro de memória e assim referendar a parceria com nossa associação.
Para o desenvolvimento desse trabalho, o Centro de Memoria da FEUSP disponibilizou uma sala para higienização e reuniões abertas a GVive.
O trabalho de higienização foi feito na maior parte pela colega Maria Claudia Nascimento, prof e diretora aposentada e ex aluna da turma das classes experimentais de Socorro onde foi aluna de Olga Bechara e Maria Nilde nos anos de 58 a 61.
Com base nessa parceria a GVive organizou uma Mostra de Video sobre as Classes Experimentais, Escolas Experimentais e os Ginásios Vocacionais.
Nessa mostra fez-se uma linha do tempo, mostrando alguns momentos importantes da educação no Estado de São Paulo, no Brasil.
Graças ao trabalho e dedicação voluntária de Maria Claudia ex aluna da turma da 1959 da Classe Experimental de Socorro, e sua dedicação e pesquisa historica do Instituto Narciso Pieroni de Socorro, foi possivel descobrir e desenvendar muitos "nós" sobre as escolas experimentais.
Maria Claudia Nascimento, Luigy - da GVive e o Centro da Memória da Fac.Ed. da USP,na pessoa da Iomar e Fernanda, estão trabalhando para trazer a publico muito do material sobre os vocacionais e escolas experimentais.
A GVive, representada pelo seu presidente, tambem participou na buscas, contatos e aprendizado em higienização de documentos.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

2010 novas aventuras

03/02 Unicamp 10 Hr.

Eduardo Amos e Luigy, presentes à Defesa de Doutorado de Daniel F. Chiozzini, na FAC. EDUCAÇÃO UNICAMP.

06/02 Reinicio das atividades sociais da GVive e comemoração do aniversario de Ana Rosalina - Bar Memorial.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Eventos da GVive em 2009

Eventos no final de 2009.

Dia 10 de novembro USP
Mostra de Video no auditório do CMEFUSPr na Fac.Educ da USP Mostra de Video Vocacionais e Escolas Experimentais

Dia 20 nov Batatais - E.E.Candido Portinari Mostra de Video sobre os Vocacionais
Dia 21 nov Batatais
nauguração do Espaço Memória Vocacional na E.E. Candido Portinari - Prof Ricardo Cavallini,Coordenador, Prof. Edmilsom, Vice Diretor, João Fantaccini, Presidente da Assoc. Clube GVCP e Luigy, presidente da GVive.

Dia 25/26 nov
Seminário - Sesc Av Paulista II Seminário GVive de Educação
Em 5/12
V Encontro de final de ano dos alunos e professores dos vocacionais 5/12 no Bar Morena Flor com exibição do Video "ginásios vocacionais - 40 anos depois.

12 dez 2009 - Rio Claro
10 hs Abraço ao Chanceler Raul Fernandes - unidade vocacional - 40 anos da invasão e Fechamento dos Vocacionais em 12/12/1969.
Mostra de Video vocacionais no Teatro do Centro Civico de Rio Claro

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Breve Histórico do Serviço de Ensino Vocacional

Os Ginásios Vocacionais tem sua pré-história nas Classes Experimentais do Instituto Narciso Pieroni do Município de Socorro no Estado de São Paulo.
A iniciativa das Classes Experimentais foi do Dr. Gildásio Amado, Diretor do Ensino Secundário do Ministério da Educação. Estávamos em meio à década de 50 quando foi aprovada pelo Ministério da Educação uma portaria autorizando escolas secundarias e institutos de educação a implantar o que foi chamado de classes experimentais.
O sistema de ensino à época era fortemente centralizado, um verdadeiro bloco monolítico que uniformizava conteúdos e formas de avaliação do Oiapoque ao Chui. Havia uma portaria ministerial que regulava o ensino secundário, a portaria 501 que só foi anulada com a aprovada da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1962. A proposta divulgada para todo o Brasil suscitou interesse de grupos de educadores, desejosos de escapar da camisa de força que lhe era imposta.
No Estado de São Paulo, equipes de professores enviaram ao Ministério seus projetos, os quais, depois de aprovados, puderam ser instaladas. Desta forma, tivemos as Classes Experimentais na rede escolar pública e particular.
Estávamos vivendo ainda a forte influência da cultura francesa cujos primórdios no Brasil datam do Império. Foi assim que tiveram grande influência em São Paulo as linhas pedagógicas do Instituto Pedagogique de Paris e do Centre Pedagogique de Sèvres. Esta situação foi reforçada ainda mais quando se soube que o governo francês oferecia muitas bolsas de estudo a professores brasileiros.
É preciso que se registre que o pensamento de grande parte dos docentes era francamente favorável à importação de modêlos europeus ou americanos. Assim tivemos projetos de várias escolas inspiradas nos métodos de Morrison (americano), do padre Fauvre (francês) e de Mme. Hattiguais (francês), quase todos caracterizados por novas praticas de ensino.
No Estado de São Paulo, na rede pública secundária, tivemos as Classes Experimentais nos Institutos de Educação Narciso Pieroni (Socorro), Instituto de Educação Alberto Comte (Capital), Instituto de Educação Culto à Ciência (Campinas), Instituo de Educação Macedo Soares (Capital) e Instituto de Educação de Jundiaí.
As Classes Experimentais estavam no terceiro ano de funcionamento quando o Secretário da Educação do Estado de São Paulo, Dr Luciano Vasconcellos de Carvalho visitou Socorro. Teve contato com a direção da escola, com professores e alunos. Esta visita o deixou muito bem impressionado. Ele havia visitado as experiências educacionais européias e americanas, portanto, guardava também a idéia de reprodução destes modelos.
Na Inglaterra ficou sensibilizado com o que vira na Escola Compreensiva.
Com base em tudo o que constatara e com o firme objetivo de renovar a educação em São Paulo foi que o Dr Luciano me chamou a São Paulo para uma primeira conversa.
De 1957 a 1961 lecionava como professora efetiva do Curso Normal de Formação de Professores Primários do Instituto Narciso Pieroni. Desde o final de 1957, havia assumido também a função de orientadora pedagógica das Classes Experimentais, cujo projeto elaborei com a colaboração de alguns colegas.
* Na época estavam presentes em Socorro Ligia Furquim Sim, Maria Nilde Mascellani e Olga Thereza Bechara.( Luigy)
O encontro com o secretario resultou numa proposta. A meu ver, bastante ambiciosa. Por que não ampliar a experiência de Socorro para muitas cidades do Estado de São Paulo e fazer dessas novas escolas centros de capacitação de professores e de debate sobre uma nova pedagogia?
As conclusões desses encontros desembarcaram na formação de uma comissão mista de professores do Ensino Técnico e do Departamento de Educação responsável este ultimo pelo ensino propedêutico.
A razão de ser da comissão mista se prendia ao modo pela qual se garantiria a nível estadual a legalidade das novas escolas. Assim, a saída encontrada foi a de incrustar no projeto de lei estadual em curso um capitulo que criava os ginásios vocacionais – denominação que carregou por muito tempo sérias contradições.
Aprovada a lei estadual, ficou estabelecido que os ginásios educacionais, poderiam ser instalados na rede de ensino propedêutico e na rede de ensino técnico industrial. Com o decorrer do trabalho, a prática revelou a intencionalidade do Secretário. Os ginásios vocacionais foram instalados de forma autônoma e subordinadas ao Serviço de Ensino Vocacional órgão criado com base no artigo 25 da lei recém promulgada. O S.E.V. surgia assim como terceira via entre as alternativas de sistema de ensino no Estado de São Paulo.
Coube àquela Comissão redigir o texto de regulamentação da lei, em forma de decreto. Fizemos parte desta comissão ao lado de Oswaldo de Barros Santos, Paulo Guaracy Silveira, Gilberto Grande, do Departamento de Ensino Profissional e Luis Contier, diretor do Colégio Estadual Alberto Comte (Capital), defensor da multiplicação de classes experimentais pela orientação pedagógica de Sévres.
Durante quatro meses redigimos o texto do decreto que logo foi assinado pelo governador, na época, Carvalho Pinto, politicamente próximo do PDC (Partido Democrata Cristão), em 1961.
Encerrada a tarefa de redação do decreto, a referida comissão foi desfeita tendo sido eu convidada para assumir a coordenação do SEV (Serviço de Ensino Vocacional), órgão ligado diretamente ao gabinete do secretário.
Esta condição nos criou sérias dificuldades no relacionamento com os demais departamentos da secretaria. E problemas mais sérios após o golpe militar de 64.
Convivemos durante nove anos (tempo de vida dos vocacionais)com pressão de todo tipo. Na Secretaria de Educação era visível o interesse de alguns setores na revogação da legislação que permitiu essa experiência educacional.
Foram instaladas em 1962, três unidades de ginásio vocacional, respectivamente na capital, em Americana e Batatais.
Em 1963, foram instalados os ginásios vocacionais de Rio Claro e Barretos. Já nesse ano estavam previstos novas unidades em Jundiaí, São Sebastião, São Carlos, Sorocaba, Campinas, Bauru, São Jose do Rio Preto, Presidente Prudente, Marilia e São Bernardo (10).
O critério para escolha das cidades era o seguinte:
1) possuir um prédio escolar disponível e sujeito a reformas e ampliações;
2) índice satisfatório de demanda escolar;
3) parceria com a prefeitura no tocante ao prédio;
4) aceitar a nova proposta educacional
No tocante à visão política do secretario, era necessário:

1)instalar unidades de modo a cobrir no prazo curto prazo, cidades-sedes da região;
2)ampliação da rede na direção das regiões do interior;
3)contar com a adesão política do prefeito e deputados da região.

Enquanto estudávamos os critérios, fazíamos a previsão dos recursos para a implantação das unidades, os deputados estaduais se digladiavam na Assembléia Legislativa na disputa por um ginásio vocacional em sua cidade ou região. Em 1965 havia em tramitação 158 projetos de lei criando novos ginásios vocacionais. Para conter a onda política foi necessário criar um dispositivo que regulamentasse a situação. Foi um decreto do governador(*), garantindo aos deputados a liberdade de criar escolas, porém, a indicação das mesmas para funcionar como vocacional ficava sujeita à avaliação do órgão técnico da secretaria da Educação. À medida que, naquele momento, atenuou-se à demanda, acabou sendo um instrumento burocrático que impediu a instalação de novas unidades vocacionais.
De qualquer forma, nas cidades que esperavam o seu ginásio vocacional, houve mobilizações de professores e estudantes em torno de uma educação nova e progressista.
Contudo, em comunidades menores, como foi o caso de São Sebastião e Taubaté havia a expectativa de uma escola profissionalizante nova, progressista.
Em 1964, cinco ginásios vocacionais foram instalados e funcionavam regularmente. Entretanto, o Serviço do Ensino Vocacional viveu ao longo de sua existência (nove anos) um processo de permanente tensão, pois os setores governamentais do governo Ademar de Barros usaram de todos os meios para derrotar o Ensino Vocacional, no que sempre foram apoiados pelo Departamento de Educação da Secretaria de Educação.
Posteriormente, em 1968, foram criados: o ginásio vocacional de São Caetano do Sul, o ginásio vocacional noturno e o colegial (2o.ciclo).

* Governador Ademar de Barros.

Texto de autoria de Maria Nilde Mascellani, pesquisado por Luigy e Maria CLaudia(ex aluna de Socorro) no Centro de Memória CMEFEUSP.